A Mata Atlântica é considerada como um dos mais ricos conjuntos de ecossistemas em termos de diversidade biológica do Planeta (Myers et al. 2000). No Brasil a fragmentação é acentuada e seus efeitos podem inviabilizar sua preservação, por alterar as características primárias e modificar a composição e a riqueza de espécies na comunidade (Schoereder et al. 2oo4).
O processo global de fragmentação de habitats é, possivelmente, a mais profunda alteração causada pelo homem ao ambiente. Muitos habitats naturais que eram contínuos foram transformados em paisagens semelhantes a um mosaico, compostos por manchas isoladas de habitat original. Esta fragmentação florestal tem sido relacionada à maior duração de surtos de pragas florestais, possivelmente devido às mudanças nas alterações entre estas e seus inimigos naturais, assim como a uma maior redução no número de espécies de parasitóides do que de seus hospedeiros fitófagos, e as alterações na composição de polinizadores e uma qualidade da polinização.
Uma forma de avaliar o grau de alteração ou fragmentação de um habitat é mediante a utilização de um grupo de organismos considerados como bioindicadores.
Os insetos são de extrema importância para o ecossistema, por serem responsáveis pela polinização das plantas, predadores, alguns estudos analisam, a importância de besouros coprófagos como agentes da reciclagem de nitrogênio, aeração do solo e bioindicadores de qualidade de habitat. Os insetos são adequados para uso em estudos de avaliações de impacto ambiental e de efeitos de fragmentação florestal, pois além de serem o grupo de animais mais numeroso do globo terrestre, têm elevadas densidades populacionais, apresentam grande diversidade, em termos de espécies e de habitats e grande variedade de habilidades para dispersão e seleção de hospedeiros e de respostas à qualidade e quantidade de recursos disponíveis, além de sua dinâmica populacional ser altamente influenciada pela heterogeneidade dentro de um mesmo habitat.
O estudo da fauna Coleópteros de solo, envolvendo famílias ou espécies abundantes, tem sido alvo de muitos pesquisadores, como indicadores de condições ambientais. A ordem Coleoptera abrange o maior número de espécies conhecidas, ocupando grande quantidade de habitats, ou seja, no solo, nas plantas, nas águas de rios, riachos e praias marinhas, podendo ter hábitos detritívoros, herbívoros, fungívoros ou de predação. Compreende os insetos denominados vulgarmente de besouros. Os besouros se distinguem facilmente pela presença de élitros, que possuem consistência coriácea ou córnea, protegendo as asas posteriores que se dobram quando em repouso.
Num levantamento da fauna de Coleoptera, na Mata do Mergulhão (remanescente de Mata Atlântica de baixada), indicaram abundância de coleópteros nos meses de temperaturas mais elevadas.
Do total de espécies capturadas, 95,3% pertencem às quatro famílias mais numerosas:
Que podem ser consideradas como abundantes em todos os períodos de coleta nas armadilhas.
Os dados do levantamento podem ser utilizados como subsídios de novos estudos, enriquecimento das informações biológicas e avaliar o nível de perturbação neste ecossistema, que é de extrema importância para desenvolver programas de conservação, proteção, manejo e recuperação de sua biodiversidade.
O processo global de fragmentação de habitats é, possivelmente, a mais profunda alteração causada pelo homem ao ambiente. Muitos habitats naturais que eram contínuos foram transformados em paisagens semelhantes a um mosaico, compostos por manchas isoladas de habitat original. Esta fragmentação florestal tem sido relacionada à maior duração de surtos de pragas florestais, possivelmente devido às mudanças nas alterações entre estas e seus inimigos naturais, assim como a uma maior redução no número de espécies de parasitóides do que de seus hospedeiros fitófagos, e as alterações na composição de polinizadores e uma qualidade da polinização.
Uma forma de avaliar o grau de alteração ou fragmentação de um habitat é mediante a utilização de um grupo de organismos considerados como bioindicadores.
Os insetos são de extrema importância para o ecossistema, por serem responsáveis pela polinização das plantas, predadores, alguns estudos analisam, a importância de besouros coprófagos como agentes da reciclagem de nitrogênio, aeração do solo e bioindicadores de qualidade de habitat. Os insetos são adequados para uso em estudos de avaliações de impacto ambiental e de efeitos de fragmentação florestal, pois além de serem o grupo de animais mais numeroso do globo terrestre, têm elevadas densidades populacionais, apresentam grande diversidade, em termos de espécies e de habitats e grande variedade de habilidades para dispersão e seleção de hospedeiros e de respostas à qualidade e quantidade de recursos disponíveis, além de sua dinâmica populacional ser altamente influenciada pela heterogeneidade dentro de um mesmo habitat.
O estudo da fauna Coleópteros de solo, envolvendo famílias ou espécies abundantes, tem sido alvo de muitos pesquisadores, como indicadores de condições ambientais. A ordem Coleoptera abrange o maior número de espécies conhecidas, ocupando grande quantidade de habitats, ou seja, no solo, nas plantas, nas águas de rios, riachos e praias marinhas, podendo ter hábitos detritívoros, herbívoros, fungívoros ou de predação. Compreende os insetos denominados vulgarmente de besouros. Os besouros se distinguem facilmente pela presença de élitros, que possuem consistência coriácea ou córnea, protegendo as asas posteriores que se dobram quando em repouso.
Num levantamento da fauna de Coleoptera, na Mata do Mergulhão (remanescente de Mata Atlântica de baixada), indicaram abundância de coleópteros nos meses de temperaturas mais elevadas.
Do total de espécies capturadas, 95,3% pertencem às quatro famílias mais numerosas:
- Nitidulidae
- Curculionidae
- Scarabaeidae
- Staphylinidae
Que podem ser consideradas como abundantes em todos os períodos de coleta nas armadilhas.
Os dados do levantamento podem ser utilizados como subsídios de novos estudos, enriquecimento das informações biológicas e avaliar o nível de perturbação neste ecossistema, que é de extrema importância para desenvolver programas de conservação, proteção, manejo e recuperação de sua biodiversidade.
Caramba, parece que o Cara lá realmente tinha uma "predileção desmesurada por coleópteros"... Tem tanto desses bichos que os estudiosos utilizam sua presença como parâmetro para avaliar as características ecológicas dos lugares. Deve ser quase como chegar numa cidade e entrevistar os moradores locais para saber se está tudo bem por lá ... :P
ResponderExcluirQuero ver quem tem coragem de dizer agora que insetos não servem pra nada (na visão humana). coleopteras como bioindicadores de solo, tricoptera e odonata como bioindicadores de boa água, diptera como indicadores de poluição a água, himenopteras polinizando tudo por aí...
ResponderExcluirInclusive na Europa a galera coloca besouros mietócolos (isto é, que comem fungos)como decompositores super importantes para a manutenção do ecossistema.
Os insetos já estão avisando que as coisas tão indo mal, agora só falta o ser humano ligar o desconfiômetro.
hashuashuahsuhsuah
ResponderExcluirÉ um coração de uma mãe falando, né Ester!
Realmente, esse animaizinhos são de extrema importancia para a presenvação dos ecossitemas. São eles quem fazem tudo, que mantém todo o ciclo dos "grandes" funcionando. É importante que os pesquisadores da área e as pessoas que fazem vistorias para os diversos fins, se conscientizem desses estudos, porque eles fornecem uma base realmente interessante. Foi como o Érico disse, é como se estivéssemos entrevistando os moradores de uma cidade para saber como anda a vida deles.
Adorei Cássia!