segunda-feira, 26 de abril de 2010
Caixa, Conto e Ciências
A interferência humana no planeta: DEGRADAÇÃO X SUSTENTABILIDADE
Estudos alertam para as principais consequências atuais da operação humana no planeta:
1º Mudança climática
A concentração de carbono na forma principal de CO2 na atmosfera,devidos principalmente pela queima de combustíveis fósseis,promove o efeito estufa na terra, ao alterar a composição da atmosfera e interferir nos sistemas de refração e reflexão do calor.
Consequência de todos os despojos orgânicos humanos escoados para o oceano, que na forma de carbonatos, contribuem para a redução do Ph da água e a alteração da estabilidade abiótica do sistema.
3º Camada de Oxônio
Alguns dos muitos químicos lançados na atmosfera podem reagir com a camada de oxônio (o3) e altera o nível de permeabilidade da estratosfera da terra aos raios ultra-violeta solares. A camada é reduzida nessas reações e mais radiação UV chega até a litosfera.
Aumento acumulativo da quantidade de nitrogênio presente no ciclo da matéria graças as quantidades extras de N incorporadas pela amônia produzida e lançada na atmosfera pelas indústrias e regiões criadoras de gado, pelos fertilizantes artificiais, pela queima de biomassa e de combustíveis fósseis.
_ Ciclo biogeoquímico do Fósforo
Maior concentração de fósforo disponível no ciclo da matéria dos ecossistemas, ele está presente nos detergentes domésticos, em dejetos industriais e é carreado do solo para os cursos d'água em regiões desmatadas e/ou erodidas.
Ambos desestabilizam condições abióticas de ecossistemas terrícolas e aquáticos, estão envolvidos na formação da chuva ácida e na saturação oceânica desses compostos.
5º Taxa de perda de biodiversidade
Aumento da taxa de extinção de espécies graças a ação antrópica direta na destruição de ecossistemas, introdução de espécies exóticas e mudanças climáticas afetando a diversidade ecológica em diversas regiões.
Alterações dos ciclo hidrológicos e comprometimento de sua disponibilidade e acessibilidade futura. Desvio dos cursos de água para irrigação, construção de barragens, navegação, canalizações e redes de esgoto que consequentemente modifica a taxa de evaporação, velocidade de escoamento, constituição da aguá e taxa de acúmulo no subterrâneo.
-Poluição química de ambientes terrestres e aquáticos com compostos radioativos,metais pesados,produtos tóxicos e outros dejetos humanos.
-Carregamento de aerossóis_partículas solidas ou líquidas dispersas no ar_produzidos pelas mais diversas atividades humanas e que se concentram na atmosfera.
Referências:
>Planetary Boundaries: Exploring the Safe Operating Space for Humanity/Johan Rockström , Will Steffen , Kevin Noone , Åsa Persson , F. Stuart III Chapin , Eric Lambin , Timothy M. Lenton , Marten Scheffer , Carl Folke , Hans Joachim Schellnhuber , Björn Nykvist , Cynthia A. de Wit , Terry Hughes , Sander van der Leeuw , Henning Rodhe , Sverker Sörlin , Peter K. Snyder , Robert Costanza , Uno Svedin , Malin Falkenmark , Louise Karlberg , Robert W. Corell , Victoria J. Fabry , James Hansen , Brian Walker , Diana Liverman , Katherine Richardson , Paul Crutzen and Jonathan Foley .Ecology and Society - 2009.
>SABERES tradicionais e biodiversidade no Brasil/organizado por Antonio Carlos Diegues e Rinaldo S.V. Arruda. - Brasília: Ministério do Meio Ambiente; São Paulo: USP, 2001
>Earthlings. Direção/Produção: Shaun Monson.Documentário.USA:95 min
>Entrevista a Claude Levi strauss .Pierre Beuchot.Canal Arte-2004
>Begon, Michel - Ecologia: de indivíduos a ecossistemas. Michael Bergon,Colin R. Townsend e john L. Harper.Porto Alegre,Artmed.4ª edição - 2008
sábado, 24 de abril de 2010
Comportamento social
quinta-feira, 22 de abril de 2010
O poder dos “videogames” no processo de aprendizagem
quarta-feira, 21 de abril de 2010
QUEIMADAS
http://secom.to.gov.br/noticia/queimadas-podem-prejudicar-o-meio-ambiente-e-a-saude-humana/26665
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/index.html&conteudo=./florestal/artigos/queimada.html
terça-feira, 20 de abril de 2010
A utilização de "webquests" para o ensino de Genética e Biologia Molecular
http://www.phpwebquest.org
http://www.odnavaiaescola.com.br
http://www.geneticanaescola.com.br/Ano2vol1.htmlorigami
http://livre.escolabr.com/ferramentas/wq/
CARLAN, F. A. SEPEL, L. M. N.; LORETO, E. L. S. Aplicação de uma webquest associada a atividades práticas e a avaliação de seus efeitos na motivação dos alunos no ensino de Biologia. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, Vol.9, Nº 1, 261-282 (2010).
Mais um elo na origem da espécie humana
O Australopithecus sediba, como foi denominado, foi encontrado na África do Sul (país situado no extremo sul do continente africano) em uma reserva natural privada, na caverna Malapa, região situada a cerca de 40 Km de Joanesburgo. O nome Australopithecus, em latim significa: australis "do sul", e do Grego pithekos "macaco", ou seja, Macaco do Sul. Geralmente denominados dessa maneira espécies ancestrais quase tão bípedes quanto os chimpanzés. Já a palavra sediba vem da liguagem Sotho, falada dentre suas variáveis por cerca de 16% da população da África do Sul, onde quer dizer fonte (em sotho - sediba = fonte).
O primeiro fóssil, uma clavícula do Australopithecus sediba, foi encontrado, por acaso, no dia 15 de agosto de 2008 por Matthew Berger (9 anos), filho do pesquisador sul africano Lee Berger. O menino alertou o pai que juntamente com a equipe dirigida pelo paleoantropólogo suíço Peter Schmid da Universidade de Zurique, que já trabalhava há anos em outros sítios na região, começaram a fazer as escavações no local. Segundo Schmid rapidamente ficou claro para o grupo que os fósseis encontrados se tratavam de algo novo, devido as inúmeras características apresentadas. Até então, já foram encontrados mais de 180 elementos de pelo menos quatro indivíduos de um ancestral do ser humano que viveu entre 1,78 e 1,95 milhão de anos. Dois desses indivíduos – um jovem de cerca de 13 anos e uma mulher adulta de aproximadamente 30 anos – foram descritos por Schmid, Berger e colaboradores.
Os Australopithecus sediba possuíam um cérebro muito pequeno e braços muito longos, próprios dos australopitecos, mãos curtas, um rosto muito avançado, com um nariz e dentes pequenos, um quadril para caminhar erguido, pernas longas e uma cavidade craniana similar à de hominídeos muito posteriores como o Homo erectus e o Homo habilis, com capacidade de cerca de 450cc muito inferior a dos homens atuais que, em média é de 1500 cc.
O A. sediba compartilha mais traços com os primeiros Homo do que qualquer outro australopiteco e por isso pode ser seu antecessor ou parente de um antecessor que coexistiu durante um tempo com o Homo. A partir de agora, segundo Schmid, não pode-se chamar 'Lucy', (fóssil encontrado na Etiópia em 1974) de elo perdido entre macacos e seres humanos. "A nova descoberta é um elo real na cadeia entre Lucy e o homem moderno. Pode ser uma verdadeira chave para entender o precursor do gênero Homo."
Os fósseis encontrados do A. sediba fornecem, com riqueza de características, dados fundamentais para a descrição dos hábitos das espécie dentre outras características. Nos fósseis foram encontrados restos vegetais ainda encrustrados entre os ossos e um dente fossilizado ainda continha restos de comida, ou seja, os achados estão em um nível de conservação muito bom. Exames preliminares detectaram a existência de tecido cerebral degenerado por bactérias em uma área de baixa densidade do crânio, o que pode evidenciar a existência de um remanescente de cérebro primitivo.
Nesse imenso quebra cabeça que envolve as origens da espécie humana, mais uma peça foi encontrada, ainda é cedo para dizer onde ela se encaixa, até porque faltam algumas peças ainda para dar maior sentido a figura montada, o fato é que mais um passo importante foi dado na explicação da origem da raça humana.
Referências Bibliográficas:
Berger L. R, de Ruiter D. J, Churchill S. E, Schmid P, Carlson K. J, Dirks P. H. G. M, Kibii J. M, (2010). "Australopithecus sediba: A New Species of Homo-like Australopth from South Africa ". Science 328: 195-2004. DOI:10.1126/science.1184944
segunda-feira, 19 de abril de 2010
MALÁRIA: UMA AMEAÇA NÃO SÓ PARA HUMANOS
São conhecidos dois tipos de parasitos: os ectoparasitos e os hemoparaitos. Os ectoparasitos, são parasitos externos, que habitam a parte externa do corpo do hospedeiro, como os carrapatos, pulgas e piolhos. Já os hemoparasitos são parasitos internos (e por isso são também chamados de endoparasitos), sendo localizados no sangue de seu hospedeiro. Um bom exemplo de hemoparasitos são os causadores da malária.
De acordo com estudos de Bongfen e colaboradores (2010), cinco espécies diferentes de hemoparasitos do gênero Plasmodium, pertecentes ao filo Apicomplexa, causam a malária em humanos. Porém, não são somente os seres humanos que sofrem com a malária, que também é uma doença muito comum em aves, motivo pelo qual a malária vem recebendo cada vez mais enfoque nos estudos para a conservação de muitas espécies aviárias ameaçadas de extinção.
Estudos sobre a malária aviária vêm sendo cada vez mais frequentes para a conservação da avifauna porque doenças parasitárias costumam ser um importante fator limitante do tamanho de populações naturais, uma vez que espécies com pequenas populações, resultantes de falhas na reprodução e/ou mortalidade decorrente de doenças, podem ser levadas à extinção.
Ao contrário da malária humana que é ocasionada somente por hemoparasitos do gênero Plasmodium, a malária aviária é ocasionada por diferentes espécies de hemoparasitos dos gêneros Plasmodium, Haemoproteus e Leucocytozoon, todos pertencentes ao filo Apicomplexa. Destes, Plasmodium e Haemoproteus infectam hemácias, enquanto que Leucocytozoon infecta leucócitos.
Fig. 1 - Células sanguíneas aviárias infectadas por Plasmodium, Haemoproteus e Leucocytozoon. Hemácias infectadas por Plasmodium (A), hemácias infectadas por Haemoproteus (B), leucócitos infectados por Leucocytozoon (C).
Estudos relizados por Nagao e colabradores (2008), sugerem que o P. gallinaceum (uma espécie de hemoparasito causador da malária aviária capaz de infectar uma grande variedade de aves, e provocar altas parasitemias - infecções altas), induzia a modificação da superfície das hemácias (células sanguíneas vermelhas) que ele infectava; modificações estas que podem ser semehantes às modificações causadas pelo hemoparasito da malária humana P. falciparum, o que induz saliências semelhantes que medeiam a adesão patogênica das hemácias parasitadas em microvasos.
Fig. 2 - As alterações nas hemácias podem levar ao rompimento dessas células, o que ocasiona um dos principais sintomas da malária, a anemia.
A infecção por hemoparasitos pode ser assintomática, apresentar complicações menos graves, bem como levar ao óbito do hospedeiro - o que vai depender de como está o sistema imune do hospedeiro. Deste modo, diante do exposto fica claro que estudos sobre a malária aviária juntamente com a redução ou completa eliminação dos mosquitos vetores (insetos que transmitem os hemoparasitos causadores da malária aviária), são cada vez mais importantes para que se haja uma preservação mais efetiva da avifauna, uma vez que a malária tem um alto efeito na dinâmica populacional, pois pode impedir uma reprodução eficiente das aves infectadas e até causar o óbito de muitas delas; um efeito que pode ser devastador em populações de aves ameaçadas de extinção, as quais podem desparecer de vez do nosso planeta.
Referências Bibliográficas:
- BONGFEN, S. E.; LAROQUE, A.; BERGHOUT, G.; GROS, P. Genetic and genomic analyses of host-pathogen interactions in malaria. Trends in Parasitology, v. 25, n. 9, PP. 417-422. 2010.
- NAGAO, E.; ARIE, T.; DORWARD, D. W.;FAIRHURST, F. M.;DVORAK, J. A. The avian malaria parasite Plasmodium gallinaceum causes marked structural changes on the surface of its host erythrocyte. Journal of Structural Biology, v. 162, pp. 460–467. 2008.
Entendendo mudanças climáticas recentes
domingo, 18 de abril de 2010
Professor Pesquisador
Ao professor não cabe mais a noção de só saber ensinar, mas a de compreender que ensinando também se aprende.
Nos dias atuais não há mais como conceber ser professor sem análise minuciosa do saber fazer, saber analisar, associar idéias em diferentes áreas do conhecimento ou ainda pesquisar a si mesmo, ser autocrítico.
Na verdade, falar em produção de conhecimento pelo professor no Brasil ainda é tabu. Em primeiro lugar porque as condições concretas de trabalho docente tornam-se extremamente impraticáveis as possibilidades de a pesquisa vir, a curto ou a médio prazo, a ser inserida no perfil profissional dos professores de ensino fundamental e médio.
Nas condições atuais pesquisar é um fardo praticamente impossível de se carregar.
No Brasil o movimento de aproximação entre trabalho docente e pesquisa adquiriu voz de várias maneiras:
- a consideração da pesquisa como princípio científico e educativo.
- a combinação de pesquisa e prática no trabalho e formação de professores.
- a discussão do papel didático que pode ter a pesquisa na articulação entre saber e prática docente.
- a ênfase na importância da pesquisa como instrumento de reflexão coletiva sobre a prática.
A prática da pesquisa pelo professor de Educação Básica no Brasil é cercada de dificuldades ressaltando-se dois problemas diferentes apesar de relacionados.
- deslocar o foco da reflexão do sucesso de suas iniciativas para um entendimento mais geral das condições de possibilidade de sua docência.
- conseguir manter esse novo olhar nas condições desfavoráveis do ensino público brasileiro.
A ausência da referência à relação implícita do professor com os vários tipos de conhecimentos ( científicos, metodológicos, curricular e organizacional) torna muito mais precária qualquer análise da prática escolar.
Atualmente com a interação entre alguns professores de Escolas Públicas e alunos da Universidade através do PIBIDI, existe a possibilidade de uma observação e crítica da prática do professor, possibilitando uma possível transformação educacional.
Referências bibliográficas:
Ciências e Educação, vol.15, nº3, p.476, 2009.
sábado, 17 de abril de 2010
Pra que você usa a Internet? (Parte I)
quarta-feira, 14 de abril de 2010
As membranas celulares e a vida agitada da ciência.
Um exemplo disso é a membrana celular, que tem sido alvo de constantes estudos científicos, por sua magnífica capacidade de seleção e sinalização das atividades celulares. Longe de ser uma linha dupla contínua, uma bexiga ou uma bolha, as membranas celulares são estruturas complexas, vivas, cheias de atividades e controles.
É através das membranas que as células são reconhecidas por outras células. É na membrana que estão as estruturas que reconhecem os sinais químicos que ativam ou desativam atividades das células, como multiplicar-se, produzir secreção ou até morrer! É isso mesmo, uma célula pode receber um sinal para programação de sua morte e é na membrana que esse sinal é recebido e ativado. Nas membranas também estão as estruturas que controlam o que entra ou sai das células. Essas funções são desenvolvidas por proteínas ancoradas na membrana celular.
Na Universidade de Nanjing, (http://www.nju.edu.cn/) província de Jiangsu na China,(http://en.wikipedia.org/wiki/Jiangsu) pesquisadores tem se dedicado a compreender o papel de proteínas transmembrana.
Após muitos estudos, publicaram uma mini revisão do que eles e outros pesquisadores já sabem sobre sobre um tipo de proteína da membrana celular. Esse estudo chamado "Review" ou seja, revisão, foi publicado em uma revista científica dos Estados Unidos, chamada "Life Sciences" ou "Ciências da Vida". O artigo se chama "ABCG2: um marcador potencial de células tronco e um novo alvo para terapias em câncer e células tronco". A referência completa desse artigo (o nome do trabalho, dos autores, e os dados da revista onde foi publicado) está no final desse texto. O artigo completo pode ser baixado integralmente a partir de um computador que tenha acesso às publicações científicas do Portal de Periódicos da CAPES (www.periodicos.capes.gov.br) . Nas universidades públicas federais esse acesso é permitido e você pode, mesmo sem ser aluno, consultar esses textos nas bibliotecas informatizadas.
Como você pode ver, a ciência é construida por muitas pessoas, às vezes de lugares distantes, que se dedicam a uma questão particular. Cada um pesquisa uma parte e publica seus resultados em revistas internacionais. Todos os pesquisadores lêem essas revistas, e vão aos poucos construindo um corpo de conhecimento sobre o assunto.
Mas voltando às membranas. O grupo de pesquisadores chineses juntaram tudo o que se sabe sobre esse tipo especial de proteínas, as ABCG2. As proteínas ABC são um grupo de proteínas transmembrana transportadoras. Transportam drogas, metabólitos e outras moléculas para dentro e para fora das células, sempre utilizando ATP, ou seja, energia metabólica. Em humanos são quase 50 tipos de proteínas ABC, e de acordo com sua estrutura, essas proteínas são divididas em sete subfamílias (A, B, C ... até G). Portanto, a ABC G2 é uma proteína transportadora ABC da subfamília G e família 2 (devem haver várias, 1, 2, 3, 4...). Simples não?
Bom, a ABC G2 foi inicialmente identificada em células de câncer de mama. Depois, ao longo das pesquisas foi-se identificando as mesmas proteínas nas membranas de outras células, não cancerosas, e mais recentemente percebeu-se sua grande presença em células tronco. Hoje são consideradas marcadores universais de células tronco. Não se tem ainda a descrição fisiológica das funções da ABC G2 nas células tronco, mas já se têm uma série de evidências. Sabe-se que as ABC G2 exercem importante papel na proliferação e manutenção do fenótipo das células tronco.
Células tronco?
Outra importante conclusão sobre essas proteínas é que há um grupo preferencial de células tronco onde a ABC G2 se expressam com grande intensidade. São células que já eram conhecidas por transportar para fora delas um corante utilizado para identificar células de câncer. No decorrer das pesquisas, tem se verificado que essa habilidade de exportar substâncias é uma grande habilidade dessas células e hoje se acredita que isso se deve à presença da ABC G2. Esse transportador manda para fora das células medicamentos de quimioterapia contra o câncer, o que faz com que as células que a expressam sejam resistentes a uma variedade muito grande de medicamentos. Essa característica pode fornecer informações do porque algumas pessoas são resistentes aos tratamentos, ou seja, porque o tratamento com medicamentos não funciona.
Lendo textos científicos como esse, me espanto com o quanto temos avançado no conhecimento sobre estruturas moleculares. Meu espanto é maior ainda com o trabalho que temos pela frente. Primeiro porque nós humanos não nos conformamos em não saber. É característica nossa querer desvendar o funcionamento de tudo o que nos cerca, e a vida é fascinante e cheia de detalhes infinitos, infinitas possibilidades de conhecer, investigar, aprender. Segundo, nós humanos não nos conformamos em apenas observar os fenômenos, nós temos a necessidade de interferir, controlar. Assim, diante da limitação, do desconforto, da doença, do infortúnio, nos mobilizamos para alterar nossa história, nossos limites, nossas incapacidades. Por isso a ciência é um feito humano fascinante!
Bibliografia
Xi-wei Dinga, Jun-hua Wuc and Chun-ping Jianga. “ABCG2: A potential marker of stem cells and novel target in stem cell and cancer therapy.” Life Sciences. Volume 86, Issues 17-18, 24, Pages 631-637. Abril 2010.