De repente, professor... É aí que surgem os medos e as inseguranças sobre como realizar uma transmissão efetiva de conhecimento aos alunos, de modo que estes se interessem pelas aulas e tenham gosto em aprender.
O professor deve estar sempre preparado e capaz de receber desafios. Às vezes o que se leva para a aula torna-se adiável diante de uma idéia, de uma pergunta ou de um relato feito por um aluno. Um comentário pode ser assunto para o desenvolvimento de uma aula, basta o professor saber conduzir o processo onde todos interajam e sintam-se a vontade para participarem sem acesso à indisciplina, sabendo portar-se e respeitar o espaço e tempo de cada um.
Para que haja aprendizagem, os alunos devem participar e não ficarem apáticos, sentados um atrás do outro onde só o professor fala e eles aceitam. Para aprender é preciso que os alunos exponham suas idéias, suas dúvidas e em grupo juntamente com o professor consigam eliminar estas dúvidas e formular idéias mais significativas de acordo com o assunto em que estejam trabalhando.
Segundo trabalhos de Harres e colaboradores (2010), deve haver uma investigação por parte do educador para saber se os alunos se interessam por determinado assunto, ver até onde eles sabem a respeito e partir para uma metodologia que engloba suas vivências. Para isso são destacadas duas práticas: a declarada e a realizada.
Na prática declarada o professor deve gostar do que faz e estar comprometido. Os estudantes devem estar motivados, interessados e com vontade de aprender. A motivação do aluno deve partir do professor, e o planejamento das aulas deve estar de acordo com as idéias dos alunos, que são relacionadas com suas vivências e experiências, tanto na escola como no seu dia a dia. Enquanto isso, na prática realizada os conteúdos a serem trabalhados são definidos a partir do contexto externo da classe. Os professores deverão trabalhar o mesmo tema em suas aulas e o objetivo é melhorar a qualidade de vida dos estudantes, pois tratarão de projetos que fazem parte do cotidiano dos alunos.
Segundo relato da professora Maria Enilce de Souza Faria, Pedagoga e Licenciada em Letras, atuando em várias séries de Ensino, "tanto nas séries iniciais quanto nas séries do Ensino Médio a aprendizagem está inerente a um processo global onde se leva em conta todos os fatores que a permeiam. A começar, o educador deve sentir gosto e prazer no ensinar e o aluno em receber a aprendizagem. Não adianta querer oferecer algo se o outro não quiser receber, do mesmo modo em que não adianta ter quem queira aprender se se não houver quem queira ensinar com vontade e entusiasmo".
Além disso, o mundo em que os alunos vivem é muito importante para que o professor conduza com discernimento a aprendizagem levando em conta as limitações de cada um, porque ele terá alunos de classes sociais diferentes - onde uns muito têm e outros quase nada - e nunca deixar transparecer preferências anulando o outro. Devem trabalhar temas em suas aulas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus alunos (HARRES et al., 2010).
Diante do exposto, fica claro que o professor deve ser o coordenador do grupo com os alunos, onde todos poderão expor suas idéias, suas dúvidas e juntos formular idéias mais significativas de acordo com o assunto que estejam trabalhando. Quando se trabalha com algo que é de interesse do aluno, de uma idéia que ele tenha, sem dúvida o aprendizado será mais relevante; uma vez que a prática pedagógica se adquire à medida que alunos e professor trabalhem na mesma sintonia para o mesmo fator comum : A aprendizagem.
Referências Bibliográficas:
- HARRES, J. B. S.; PIZZATO, M. C.; SEBASTIANY, A. P.; DIEHL, I. F.; FONSECA, M. C. La práctica docente declarada y realizada por profesores en formación inicial. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias Vol. 9 Nº 1 1-17. 2010.
- FARIA, M. E. S. Relato verbal concedido para publicação no Blog BioPIBID UFSJ. 2010.
É, numa época em que as ciências produzem novos conhecimentos a cada instante e as mídias fornecem cada vez maior acessibilidade e, especialmente, interatividade, é mesmo insustentável a missão da escola tradicional de centralizar em si (na figura do professor) o papel de única portadora das informações pertinentes à formação de cada indivíduo.
ResponderExcluirAo contrário, um paradigma que leve em conta que cada um dos participantes do processo ensino-aprendizagem (dos quais mais de 95%, numa sala de aula convencional, estão categorizados como alunos) constitui um universo próprio de experiências necessárias à construção de um conhecimento integral, exige que o desenvolvimento dos conteúdos ocorra a partir e em torno de cada indivíduo, permitindo:
- considerando-se o grupo como um todo, maior abrangência de acesso aos diferentes tipos e profundidades de conhecimento;
- interatividade entre os integrantes do grupo, viabilizando a troca de conhecimentos e exercitando a cooperatividade;
- por estar construindo seu próprio conhecimento, do seu modo e baseado em suas próprias experiências, cada indivíduo consegue um melhor aproveitamento dos conteúdos explorados e, consequentemente, maior autonomia nas escolhas dentro da virtualmente infinita nuvem de conhecimentos humanos;
entre outros.
Marlon, primeiramente parabéns..
ResponderExcluirO desafio de ser professor realmente é enorme, e acho que estamos conseguindo ter uma noção disso agora, na nossa pequena e recente prática.
E acho que é nessa troca de experiência entre nós como futuros e potenciais professores e entre nós como ainda alunos-online e ao vivo!- que estamos nos construindo.
=)
Muito boas as suas colocações. Acredito queo papel do professor está muito além do que é proposto pelas cartilhas e grades curriculares, mas assim como descrito no texto, os alunos devem estar motivados e interessdos, não adianta somente um professor apaixonado pela profissão. Mas e agora, como fazê-los querer aprender? Rs
ResponderExcluirParabéns amigo ficou simples e bem explicativo! Acho que estas perspectivas são essenciais para o processo de ensino-aprendizagem, e que não iremos fazer com que todos os alunos queiram aprender... mas com dedicação, entusiasmo, criatividade e bom relacionamento, como você bem colocou, estaremos fazendo nossa parte para iniciar o processo de mudança que tanto queremos e buscamos com o PIBID.
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ResponderExcluirFicou ótimo Márlon! O nosso objetivo deve ser aproximar o ensino das necessidades de cada aluno! Muito inovadora a entrevista com a professora Maria Enilce!
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